20 de maio de 2010

5º dia Ages - Vilacazar de Sirga

  • Distancia - 106,83km
  • Tempo - 8:11h
  • Acumulado subidas - 1.305m
  • Velocidade média - 13km/h


Sai às 7:20 com a companhia do José, estavam 50C e muito nevoeiro. Os comprimidos Coreanos devem ter feito bem e estou melhor da constipação mas tive de vestir uma sweat porque estou com os braços queimados do sol de ontem.
O dia hoje começou com uma subida até Atapuerca que tem como principal ponto de interesse as escavações nas montanhas feitas pelos nossos antepassados que com muita pena minha o nevoeiro não deixou ver. Pelo caminho o encontro e convívio com outros peregrinos é constante. Pouco tempo depois circundamos um aeroporto e entramos numa zona industrial que se prolonga por alguns kms até ao centro de Burgos. Aqui o trajecto é feio e bastante perigoso.
Em Burgos a paragem na sua imponente catedral é obrigatória, pena que para a visitar seja preciso pagar.

De Burgos até Hontanas o Caminho passa por muitas povoações quase abandonadas que se não fosse a passagem dos peregrinos já não existiriam.
A paragem para almoço foi em Castrojeriz antes da subidinha mais dura do dia que até parecia brincadeira comparando com o que já fiz nos dias anteriores.
 
 Depois de ultrapassada começou a parte mais monótona e desgastante do dia – rectas imensas a perder de vista, grande parte percorridas ao lado do Canal de Castilla (sistema de canais construído no século XVIII ligando várias regiões de Espanha para permitir o transporte dos cereais, hoje em dia é mais utilizado para irrigação dos campos agrícolas).

Decidi ficar num pequeno albergue em Villacazar de Sirga e o José seguiu a viagem dele. Ainda bem que decidi ficar aqui, o hospitaleiro (voluntários que são responsáveis pela gestão e manutenção dos albergues) era Canadiano e recebeu-me de uma forma espectacular: garrafa de vinho e uns petiscos na mesa.
Foi o primeiro local onde o custo da estadia não era fixo e cada um dá o que quer (donativo). Após me instalar, tomar banho e lavar a roupa, fui convidado por uma Americana para jantar com o grupo que estava na cozinha.
Desse grupo faziam parte duas Coreanas, um Coreano, uma Canadense e uma Americana.
Entre todos compraram os mantimentos e a cozinheira de serviço era uma das Coreanas (eles bem me disseram os nomes mas…).
Foi um jantar espectacular com muita conversa, e no final como não tinha contribuído com nada tive de lavar a louça. Foi um jantar inesquecível, a melhor experiência que tive até agora.

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